terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Estou perdido, como um navio à deriva no imenso oceano.
Sinto-me preso no meio da escuridão, o breu abraça-me e envolve-me, aquece-me friamente.
Sizem que a Solidão e a Depressão são amigos perigosos... Eu agarro-me a eles como se nada mais tivera.
Consumo avidamente cafés e cigarros, trazendo comigo um cheiro fétido de fumo, miséria e loucura. Estou moribundo.
Nada acalma a ânsia que sinto de algo que não sei saber o que é.
Vagueio pelo mundo humano como um espectro, mas o mundo dos sonhos não mais me ilumina.
Vou-me deitar, fecho os olhos, e começo a perder-me na eteriedade.
Sinto-me tonto, e começo a sentir-me nauseado, mas sei que é apenas o início, duma latência inquieta que me adormece da minha doença.
É esta a minha demência.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quem sou eu?

Quem sou eu?
Não mais me conheço.
Perdido entre pensamentos, sonhos, filosofias e devairos.
Não sei se estou no limite da sanidade, ou se a tocar as raias da insanidade.

Sou real? Ou vivo num sonho?
Creio que o Sonho é o meu mundo,
Pois a minha mente parece cheia,
Cheia de surrealidade, impossibilidade e idealismo.

Sou um passageiro da minha loucura,
Perdido na eteriedade do vácuo mental,
Entre o esbatido nevoeiro de cigarros,
Embriagado por meus sonhos,
Latente entre a realidade - e existe tal coisa? -
E a minha demência