terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Estou perdido, como um navio à deriva no imenso oceano.
Sinto-me preso no meio da escuridão, o breu abraça-me e envolve-me, aquece-me friamente.
Sizem que a Solidão e a Depressão são amigos perigosos... Eu agarro-me a eles como se nada mais tivera.
Consumo avidamente cafés e cigarros, trazendo comigo um cheiro fétido de fumo, miséria e loucura. Estou moribundo.
Nada acalma a ânsia que sinto de algo que não sei saber o que é.
Vagueio pelo mundo humano como um espectro, mas o mundo dos sonhos não mais me ilumina.
Vou-me deitar, fecho os olhos, e começo a perder-me na eteriedade.
Sinto-me tonto, e começo a sentir-me nauseado, mas sei que é apenas o início, duma latência inquieta que me adormece da minha doença.
É esta a minha demência.

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